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sexta-feira, 3 de junho de 2011

Blocos capitalista e socialista


Existiram o bloco ocidental capitalista e o bloco de leste socialista...como podem ver na imagem.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

BLOCO CAPITALISTA (OCIDENTAL)

Deste bloco fazem parte países da Europa Ocidental , sob influencia dos EUA.

O Bloco socialista

O Bloco socialista, durante o período da Guerra Fria, é o nome que se dá ao grupo de países socialistas, que eram os países da Europa Oriental, da maior parte dos países da Ásia e Cuba, na América Central, liderados pela União Soviética.

Entr3vit@ - 25 de abril

Alimentação
– Qual era a base da alimentação? Em minha casa nao se passava fome , mas via se muita gente sem comida ou com muito pouca comida e não havia a fartura e o desperdício que há hoje em dia.
-Onde eram feitas as compras? Tinha se agricultura e os campos. Algumas pessoas mais ricas iam a um "sotão" (especie de supermecado mais pequeno) mas com pouca variadade.
-Preços? Era tudo muito caro.

Moda
– Onde se comprava a roupa? fazia se a roupa , se compra -se mos roupa era raramente. mas não haviam lojas nem shoppings.
- Quanto durava um casaco?Durava muito, ate se estragar completamente E um par de sapatos? Igual.
- Quem ditava a moda? ninguem. cada um vestia o que tinha. nao havia modas.

Namoros
– Como se namorava? á janela , ou entao nao se namorava, os pais nao deixavam.
- Diferenças entre a vida dos rapazes e raparigas? havia muitas, alias nem podiamos andar juntos. Cada um em cada recreio.

Saúde
– Onde se ia quando se ficava doente?
- Vacinas? Nao havia , e as que havia eram caras e escassas
- Mais ou menos doenças? havia algumas e nao tinham cura , a medicina nao tinha evoluido ainda.

Escola
– Como era a escola? Era dividida por sexos.
- Como eram os professores? Eram rigorosos Como castigavam? Réguadas.
- O que era preciso para passar de ano? Na minha altura faziam se exames para passar de ano.
- Quem seguia os estudos? Eram mais os rapazes mas na minha altura ja nao havia tantas diferenças.
- Eram da Mocidade portuguesa?Nao Como era?

Tempos livres
– Tinham férias? Algumas. Onde iam de férias? Para o campo, ou entao em casa a limpar.
- Tinham fins-de-semana? Sim
-O que costumavam fazer? Brincar as vezes , estudar e ajudar os pais.
- Quais eram os divertimentos? Brincar com bonecos feitos por nós.

Transportes
– Como iam para o emprego? nessa altura eu ainda estudava , quando comecei a trabalhar ja era depois do 25 de abril
-Como eram os transportes?

Emprego
– Tinham subsídios?
-Tinham assistência?
-Com que idade começaram a trabalhar?
-Alguém emigrou? Para onde e porquê?

Guerra
– Alguém foi à Guerra? Nao tenho grandes recordaçoes. Que me lembre nao.

Comunicação social
– Como sabiam o que se passava no país e no mundo? Pela rádio
- Notavam que havia censura? Sim havia.

25 de Abril de 1974
-Como foi viver o 25 de Abril de 1974? Ainda bem que aconteceu!
-Como sentiram o dia 25 de abril? Liberdade , finalmente.
-O que mudou? Passou haver mais liberdade, mudou muita coisa.

NOME DO ENTREVISTADo- Manuela de Lurdes
DATA DE NASCIMENTO - Março de 1961

União Europeia - BANDEIRA


A bandeira da uniao europeia é azul pois é a cor do ceu , 12 estrelas porque o numero 12 era considerado o simbolo da perfeição e as estrelas são amarelas pois é a cor do ouro.


A bandeira europeia consiste num círculo com doze estrelas douradas num fundo azul. Apesar de a bandeira estar normalmente associada à União Europeia (UE), foi inicialmente usada pelo Conselho da Europa, e pensada para representar a Europa como um todo.

A bandeira foi originalmente adoptada pelo Conselho da Europa a 8 de Dezembro de 1955, e o Conselho da Europa desejava, desde o início, que fosse usada por outras organizações regionais que procurassem a integração europeia. A Comunidade Europeia (CE) adoptou-a a 26 de Maio de 1986. A UE, que se estabeleceu pelo Tratado de Maastricht na década de 1990 e que veio a substituir a CE e as suas funções, também escolheu esta bandeira. Desde então, o uso da bandeira tem sido conjuntamente controlado quer pelo Conselho da Europa quer pela União Europeia.

A bandeira aparece na face de todas as notas de euro e as estrelas em todas as moedas de euro.

O número de estrelas na bandeira está fixado em doze e não está relacionado com o número de estados membros da UE. Em 1953, o Conselho da Europa tinha 15 membros; foi proposto que uma bandeira futura tivesse uma estrela para cada membro, e que não se alteraria com a entrada de futuros membros. A Alemanha Ocidental discordou já que um dos membros era a área disputada de Saarland e que ter a sua própria estrela implicaria ser uma região soberana. Nesta mesma base, a França também discordou que fossem 14 estrelas já que isso implicaria a absorção de Saarland na Alemanha. Treze está tradicionalmente relacionado com o azar em várias culturas europeias, e com o facto de as primeiras bandeiras dos Estados Unidos da América terem esse número de estrelas. Doze foi o número escolhido, já que não tinha conotações políticas e era um símbolo de perfeição e de algo completo.

Doze é um número especial nas várias culturas e tradições europeias, tais como:

12 signos do Zodíaco;
12 horas num relógio;
12 meses num ano;
12 apóstolos;
12 deuses olímpicos;
12 tábulas da Lei Romana;
12 Estrelas da Coroa de Maria.

União Europeia - Entrada de PORTUGAL

A Opção Europeia (1974-1985)
O derrube da ditadura, a 25 de Abril de 1974, marcou uma profunda mudança em todo o país, um dos mais pobres em toda a Europa. A longa guerra colonial (1961-1974), absorveu a maior parte dos recursos económicos e humanos do país condicionando de forma brutal o seu desenvolvimento. Foi por isso que o fim do "Império Colonial" (1974/75) só por si implicou uma verdadeira revolução :

Economia. Estava dependente das colónias, o seu fim implicava uma completa reorganização da economia. Muitas das grandes empresas do país encerraram, sectores económicos inteiros entraram em ruptura. O desemprego não tardou a subir.

População. O fim das colónias implicou o regresso de cerca de um milhão de pessoas. As guerras civis que depois se desencadearam em Angola, Moçambique, Timor e Guiné-Bissau trouxeram para Portugal até aos anos 90, centenas de milhares de refugiados. A população tornou-se mais heterogénea, contribuindo para agravar os problemas sociais já existentes.

Estado. O aparelho de Estado, com uma vasta organização para dirigir o Império Colonial, entrou em colapso. Não tardou em ser assaltado vários grupos profissionais que se apropriaram das suas estruturas para manterem privilégios ou criarem outros. A cultura parasitária, típica do Estado colonial, persistiu embora sob novas formas.

Finanças Públicas. A inflação neste período chegou a atingir valores superiores a 29%. O escudo foi desvalorizado várias vezes. As finanças públicas estiveram à beira da bancarrota. Por duas vezes Portugal foi obrigado a negociar um acordo com o FMI (1977 e 1983).

A conflitualidade social neste período foi sempre muito intensa. É neste quadro que surge a opção Europeia e em particular o pedido de adesão à CEE (1977). Tinha em vista atingir três objectivos: a) Evitar o isolamento do país; b) Obter apoios externos para consolidar o regime democrático; c) Conseguir ajudas económicas para relançar a economia e fazer as reformas necessárias no país;

Embora a situação do país fosse pouco favorável, em dez anos de democracia registaram-se enormes progressos em todos os indicadores sociais e nas infra-estruturas. O balanço era francamente positivo.

Adesão à CEE (1986-1992)

No dia 1 de Janeiro de 1986 Portugal entrava na CEE. A entrada representou uma efectiva abertura económica e um aumento na confiança interna da população. O Estado pouco ou quase nada se reformou, as clientelas do costume continuaram a engordar. Apesar de tudo avançou-se bastante em termos da concretização de muitos direitos sociais (habitação, saúde, educação, etc). as infra-estruturas começaram a renovar-se a bom um ritmo.

O crescimento económico atingiu valores surpreendentes, impulsionada pelas obras públicas e o aumento de consumo interno.

Adesão revelou-se catastrófica para o sector exportador português. Entre todos os países da CCE foi de longe o mais penalizado. As cotas de mercado de produtos portugueses caíram abruptamente nos seus mercados tradicionais, como Inglaterra, Alemanha e França.

Graças a uma política económica conduzida por iberistas, as empresas espanholas tiveram uma entrada facilitada em sectores estratégicos de Portugal, o que contribuiu para o colapso das exportações nacionais.





A entrada de Portugal na U.E. foi boa pois, os direitos humanos começaram a ser respeitados, o nível de produção e económico aumentou, o nível educacional também. Também abrimos as nossas portas aos outros cidadãos europeus, mas penso que todo este intercâmbio é benéfico, pois muitos dos nossos tinham saído.

As vantagens foram :

Os grandes subsídios europeus;
Do ponto de vista político e económica a adesão foi essencial e benéfica para todos os que apoiam a democracia e o desenvolvimento;
A nível social, a adesão permitiu-nos maior facilidade em viajar, trabalhar, estudar.

As desvantagens:

A perda de soberania de Portugal;
Não assume extrema importância o facto de o nosso Estado ter que obedecer a uma entidade superior;
O facto de quando Portugal aderiu à UE em 1986, esta já se encontrava numa fase em que era excedentária em produtos agrícolas e industriais e fez com que não tivessemos tanto dinheiro como outros países.

União Europeia - Países


Países/Estados-Membros
Áustria
Bélgica
Bulgária
Chipre
República Checa
Dinamarca
Estónia
Finlândia
França
Alemanha
Grécia
Hungria
Irlanda
Itália
Letónia
Lituânia
Luxemburgo
Malta
Países Baixos
Polónia
Portugal
Roménia
Eslováquia
Eslovénia
Espanha
Suécia
Reino Unido



Países candidatos

Croácia
Antiga República Jugoslava da Macedónia
Turquia
Islândia
Candidatos potenciais
Albânia
Bósnia e Herzegovina
Kosovo, sob a égide das Nações Unidas, de acordo com a Resolução 1244 do Conselho de Segurança
Montenegro
Sérvia

União europeia - Historia

1.HISTÓRIA

A União Europeia (UE), anteriormente designada por Comunidade Económica Europeia (CEE), Comunidade Europeia (CE) e Mercado Comum Europeu (MCE), é uma união supranacional económica e política de 27 Estados-membros, estabelecida após a assinatura do Tratado de Maastricht, a 7 de fevereiro de 1992, pelos doze primeiros países da antiga CEE, uma das três Comunidades Europeias.

A União Europeia é uma formação de um novo tipo de união entre Estados pertencentes à Europa. Enquanto instituição, passou a dispor de personalidade jurídica após o início da vigência do Tratado de Lisboa. Possui competências próprias, tais como a Política Agrícola Comum, a Política Comum das Pescas, entre outros. Estas competências são partilhadas com todos os Estados-membros da União Europeia. Trata-se de uma organização que combina o nível supranacional e o nível institucional num campo geográfico restrito com o papel político próprio sobre os seus Estados-membros.

O Tratado de Paris, assinado em 1951, estabeleceu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, e os Tratados de Roma, assinados em 1957, instituindo a Comunidade Económica Europeia e a Comunidade Europeia da Energia Atómica ou Euratom, foram assinados por seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Depois disto, a UE levou a cabo seis alargamentos sucessivos: em 1973, Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; em 1981, Grécia; em 1986, Portugal e Espanha; em 1995, Áustria, Finlândia e Suécia; a 1 de maio de 2004, República Checa, Chipre, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Malta e Polónia; a 1 de janeiro de 2007, Bulgária e Roménia.

Em 1972 e 1994, a Noruega assinou também tratados de adesão à União Europeia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do seu país. À população helvética foi também proposta a adesão do país à União, mas foi rejeitada através de referendo popular em 2001.

A Croácia, a Turquia, a República da Macedónia e a Islândia são os Estados candidatos à adesão à UE. As negociações com os três primeiros países iniciaram-se oficialmente em outubro de 2005, mas ainda não há uma data de adesão definida - o processo pode estender-se por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da França e da Áustria. Quanto à Islândia, formalizou em julho de 2009 a sua candidatura, e caso as negociações sejam bem sucedidas realizar-se-á um referendo para que a adesão se possa efetivar. A primeira-ministra islandesa Jóhanna Sigurðardóttir é uma das principais vozes favoráveis à integração na UE, que se seguirá à pior crise orçamental da história do país.

25 de Abril de 1974- Imagem Preferida

quarta-feira, 23 de março de 2011

Campos de Extremismo


Campo de extermínio (em língua alemã Vernichtungslager) era o termo aplicado a um grupo de campos construídos pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial com o objectivo expresso de matar os "inimigos" do regime nazista (judeus, ciganos de etnia roma, prisioneiros de guerra soviéticos, bem como polacos e outros). Tudo isto é parte do Holocausto e da chamada Solução final da questão judia, o plano para (nas palavras dos Nazi) limpar as terras alemãs do povo judeu. Estes campos são também conhecidos como os "campos da morte".

Diferença face aos campos de concentração

Existe uma sensível distinção entre campos de extermínio e campos de concentração, tais como os de Dachau e Belsen, cuja maior parte se situava na Alemanha. Os campos de concentração constituíam um sistema de encarceramento e aglomeração dos vários "inimigos do Estado" (tais como comunistas e homossexuais) e dispunham de bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs. Muitas vezes, os judeus inicialmente detidos nestes campos de concentração eram posteriormente enviados para os campos de extermínio. Nos primeiros anos do regime Nazi (estabelecido em 1933) alguns judeus foram enviados para estes campos. Após 1942, no entanto, houve o início das deportações em massa para os campos de concentração, sendo que muitos destes enviados eram, ou imediatamente ou em seguida, enviados para os campos de extermínio.

segunda-feira, 21 de março de 2011

ESTALINE - U.R.S.S.


Revolucionário e estadista soviético. Nome adoptado por Iossif Vissarionovitch Djugatchvilli. De família proletária, frequenta o Seminário de Tifilis entre 1894 e 1899, do qual é expulso pela sua militância socialista. A partir de então dedica-se à propaganda revolucionária. Preso e deportado em várias ocasiões, em 1904 decide-se pelo bolchevismo. Em 1912, Lenine nomeia-o membro do Comité Central do Partido e primeiro director do Pravda. Durante a Revolução de Outubro desempenha um papel pouco destacado. Em 1922 é nomeado, com a oposição de Trotski, Secretário-Geral do partido. Nesse cargo pode controlar todo o aparelho de organização do partido após a morte de Lenine (Janeiro de 1924). Sem encontrar grandes dificuldades, torna-se o chefe do Estado soviético.

Apoiando-se, sucessivamente, em Zinoviev e Kamenev contra Trotski, e em Bujarin, Rikov e Tomski contra Trotski, Zinoviev e Kamenev, consegue expulsar Trotski da União Soviética, teórico da revolução permanente, e eliminar qualquer oposição no partido, quer da ala direita, quer da esquerda (1925-1929). A partir desse momento, a biografia de Estaline identifica-se com a história da União Soviética. Aplicando a doutrina do socialismo num só país, procura a industrialização rápida, a supressão dos kulaks ou camponeses proprietários e a colectivização forçada da agricultura e põe em marcha o primeiro plano quinquenal (1929), sufocando a resistência camponesa pela violência e pelo terror. A partir de 1934 começam a ser desencadeados os processos de Moscovo (1936-1939), que liquidam as chefias militares e a velha guarda bolchevique, transformando-se numa grande purga no interior do partido, que provoca pelo menos um milhão de execuções. É assim que se afirma a ditadura pessoal de Estaline sobre o partido e o povo.

Depois do Acordo de Munique, Estaline assina um pacto de não-agressão com a Alemanha nazi (1939). Graças a ele, a União Soviética obtém a conquista de grandes territórios, mas não consegue evitar o ataque de Hitler no Verão de 1941. Durante a II Guerra Mundial, Estaline concentra todos os poderes nas suas mãos e dirige pessoalmente o esforço de guerra soviético, fazendo-se nomear marechal e generalíssimo.

Na Conferência de Ialta consegue uma repartição vantajosa das zonas de influência, de modo que a partir de 1945 pode exportar a revolução socialista para os países do Leste da Europa. Durante os seus últimos anos trava a guerra fria. Enfrenta a dissidência de Tito na Jugoslávia e acelera o avanço económico e técnico soviético. Leva o culto da personalidade a um nível extremo e desencadeia, constantemente, novas purgas no mundo comunista. Três anos depois da sua morte, como é inevitável, os seus sucessores abrem um processo crítico e marcam o início da desestalinização.

HIROHITO - JAPÃO


Hirohito (裕仁), também conhecido como Imperador Showa ou O Imperador Shōwa (昭和天皇, Shōwa tennō), (29 de abril de 1901 - 7 de janeiro de 1989) foi o 124º imperador do Japão, de acordo com a ordem tradicional de sucessão, reinando de 25 de dezembro de 1926 até sua morte, em 1989. Ele foi muito conhecido fora do Japão por seu nome pessoal, Hirohito, no Japão ele é atualmente referido pelo seu nome póstumo, Imperador Shōwa.
No seu reinando, o Japão era uma das maiores potências - a nona maior economia do mundo, atrás da Itália, o terceiro maior país naval e um dos cinco países permanentes do conselho da Liga das Nações. Ele foi o chefe de Estado sob a limitação da Constituição do Império do Japão, durante a militarização japonesa e envolvimento na Segunda Guerra Mundial. Ele foi o símbolo do novo estado.
Seu reinado foi o mais longo de todos os imperadores japoneses, e coincidiu com um período em que ocorreram grandes mudanças na sociedade japonesa. Foi sucedido por seu filho, o imperador Akihito.

FRANKLIN ROOSEVELT - U.S.A.


Estadista norte-americano (30/1/1882-12/4/1945). Nasce em Hyde Park, no estado de Nova York. Filho de Joseph Roosevelt e de sua segunda mulher, Sara Delano, ambos de famílias aristocráticas e abastadas, costumava passar as férias de verão com os pais na Europa.
Estuda direito na universidade de Harvard, época em que conhece Anna Eleonor Roosevelt, com quem se casa em 1905 e tem seis filhos. Começa a carreira política em 1910, como senador do Partido Democrata - com dinheiro de sobra para financiar a campanha, chega a comprar um automóvel para cruzar o país em busca de apoio.

Projeta-se rapidamente e é nomeado secretário adjunto da Marinha no governo do presidente Woodrow Wilson. Em 1921 tem poliomielite e perde o movimento de uma perna. Eleito governador de Nova York, cumpre dois mandatos. Assume a Presidência dos Estados Unidos (EUA) em 1933, quando o país enfrenta a maior crise econômica de sua história, em conseqüência da quebra da Bolsa de Nova York.

Promove a recuperação com uma série de medidas administrativas e econômicas, conhecidas como New Deal, baseadas no combate ao desemprego e no aumento da produção industrial. É reeleito em 1936 e em 1940.

Durante a II Guerra Mundial, torna-se o principal articulador da aliança dos EUA com o Reino Unido e a União Soviética contra o Eixo. Reeleito em 1944, morre no ano seguinte em Warm Springs, de derrame cerebro.

CHARLES DE GAULLE - FRANÇA


Oficial desde o início da Primeira Guerra Mundial, De Gaulle notabilizou-se como militar. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e posteriormente subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Depois da invasão da França pela Alemanha, apelou de Londres à resistência (1940), fundou o Comitê França Livre e como líder do movimento de Resistência, no ano de 1943, foi eleito presidente do Comitê Francês de Libertação Nacional em Argel. Depois da libertação de Paris em 1944, retornou como chefe do Governo provisório. De Gaulle enfrentou os partidos novamente constituídos defendendo a supremacia do cargo de presidente. Em 1946, demitiu-se do cargo de primeiro-ministro da IV República e em 1947 fundou o movimento de unidade RPF (Rassemblement du Peuple Français). Após uma tentativa de golpe militar na Argélia, o então presidente da República René Coty (1953-1959) pediu-lhe a formação de um novo governo. A Assembléia Nacional confirmou e, alterando a Constituição, lhe concedeu amplos poderes. Em 21 de dezembro de 1958, foi eleito primeiro presidente da V República assumindo o cargo em 8 de janeiro de 1959. Como presidente, De Gaulle estabeleceu pela primeira vez negociações oficiais com a Frente de Libertação da Argélia (FNL), apesar da oposição da direita, cuja rebelião mandou sufocar (1961). Em 1962, assinou o Tratado de Évian que estipulava a paz e a independência da Argélia. De Gaulle não aspirava a uma integração européia, seu objetivo era uma "Europa das pátrias", isto é, uma confederação de Estados que não renunciavam aos seus direitos de soberania nacional. Estimulou o desenvolvimento do potencial atômico francês ("Force de frappe"). O tratado sobre colaboração franco-germânica, que assinou em 1963 com Konrad Adenauer, propunha um primeiro passo para a reconciliação entre os dois povos. No ano de 1963, vetou a entrada da Inglaterra na Comunidade Econômica Européia (CEE), atitude que, associada ao estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China (1964), à retirada da França da estrutura militar da OTAN (1967) e ao plano de neutralização do Sudeste Asiático, o colocou numa posição de evidente antagonismo perante seus aliados ocidentais e, particularmente, os EUA. Foi reeleito em 1965 e a partir de 1967 teve de enfrentar os conflitos internos cada vez mais graves que conduziram à rebelião de maio de 1968. Em 1969, demitiu-se, depois de derrotado num plebiscito sobre a reforma administrativa da França, sendo substituído por Georges Pompidou.

WINSTON CHURCHILL - REINO UNIDO


Churchill, a personalidade mais destacada da história britânica no século 20, procedia da família dos duques de Marlborough. Filho do líder do Partido Conservador Randolph Churchill, foi educado em Harrow e na Academia Militar de Sandhurst; em 1897-1898, serviu na Índia e no Sudão como oficial e correspondente de guerra e, entre 1899 e 1901, participou na Guerra dos Bôeres. Churchill iniciou sua carreira política em 1900 como deputado do Partido Conservador, mas em 1904 passou para o Partido Liberal. Aos 31 anos, foi nomeado subsecretário, aos 33, ministro do Comércio no gabinete de Herbert Asquith (1908-1916), e, pouco depois, em 1910, ministro do Interior, cargo a partir do qual apoiou a política social de David Lloyd George. Primeiro-lorde do almirantado (equivalente a ministro da Marinha), em 1911 começou a preparar a frota britânica para um futuro confronto com a Alemanha, mas em 1915 teve que se demitir, devido a pressões por parte dos conservadores no novo gabinete de coligação, que o consideravam responsável pelo fracasso da ocupação de Constantinopla e do estreito dos Dardanelos (expedição Callípoli). Em 1917, voltou ao governo com Lloyd George como primeiro-ministro. Como ministro da Guerra (1919-1921), e apesar da forte oposição de uma Inglaterra cansada de tantos conflitos bélicos, mandou tropas britânicas para lutar ao lado dos "brancos" na guerra civil russa contra a revolução bolchevique, que Churchill considerava uma ameaça para toda a Europa. Nas eleições de 1922, perdeu sua posição na Câmara dos Comuns, embora a tenha recuperado dois anos mais tarde, em 1924, desta vez como deputado do Partido Conservador. Sendo chanceler do Tesouro no gabinete de Stanley Baldwin (1924-1929), finalizou uma austera política de mercado e combateu o movimento sindical. Logo após a vitória do Partido Trabalhista em 1929, Churchill foi membro da Câmara Baixa durante dez anos sem cargo governamental. Contudo, a partir de 1932, chamou a atenção para o perigo da Alemanha nazista e combateu a política de "appeasement" de Neville Chamberlain em face das ânsias expansionistas alemãs. Quando eclodiu a guerra, foi nomeado novamente lorde do almirantado (1939), tendo-se mostrado contrário a fazer qualquer tipo de concessão à Alemanha. Após a demissão de Chamberlain, foi designado primeiro-ministro, de 1940 a 1945, e ministro da Defesa. Como motor da aliança contra o Reich alemão, após a assinatura da Carta do Atlântico (1941) com Franklin D. Roosevelt, coordenou as ações militares de britânicos e norte-americanos e, em 1941, chamou também a União Soviética à coligação contra Hitler. Nas conferências de Casablanca e Teerã (1943), Ialta e Potsdam (1945), Churchill negociou com Josef V. Stalin e Roosevelt os objetivos da guerra, embora tivesse de aceitar tanto a crescente supremacia norte-americana como – apesar do seu anticomunismo exacerbado – a expansão soviética na Europa. Apesar de Churchill gozar de grande prestígio em nível internacional, devido à grave crise econômica e à problemática social no interior do país seu partido perdeu as eleições legislativas de 1945, de modo que se viu obrigado a demitir-se enquanto se celebrava a Conferência de Postdam. Como líder da oposição, advertiu para o perigo da expansão soviética e, em 1946, inventou a expressão "cortina de ferro" como metáfora da Guerra Fria que então começava, ao mesmo tempo que defendia a união da Europa Ocidental em aliança com os EUA e inspirava a fundação da OTAN. Como primeiro-ministro conservador de 1951 a 1955, invalidou uma parte muito importante das nacionalizações feitas pelo anterior governo trabalhista e teve de aceitar a perda gradual das colônias britânicas, depois de concedida, em 1947, a independência à Índia, contra sua opinião. Quando morreu Stalin (1953), organizou uma conferência no mais alto nível para pôr fim à Guerra Fria. Em 1953, Winston Churchill recebeu o Prêmio Nobel da Literatura por sua extensa obra histórico-literária; no mesmo ano foi nomeado "Sir".

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

JOSÉ ESTALINE-URSS



Nascido em uma pequena cabana na cidadezinha georgiana de Gori, filho de uma costureira e de um sapateiro, o jovem Stalin teve uma infância difícil e infeliz. Chegou a estudar em um colégio religioso de Tbilisi, capital georgiana, para satisfazer os anseios de sua mãe, que queria vê-lo seminarista. Mas logo acabou enveredando pelas atividades revolucionárias contra o regime czarista. Passou anos na prisão e, quando libertado, aliou-se a Vladimir Lenin e camaradas, que planejavam a Revolução Russa. Stalin chegou ao posto de Secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética entre 1922 e 1953 e, por conseguinte, o chefe de Estado da URSS durante cerca de um quarto de século, transformando o país numa superpotência.
Antes da Revolução Russa de 1917, Stalin era o editor do jornal do partido, o Pravda ("A Verdade"), mas teve uma ascensão rápida, tornando-se em Novembro de 1922 o Secretário-geral do Comité Central, um cargo que lhe deu bases para ascender aos mais altos poderes. Após a morte de Lenin, em 1924, tornou-se a figura dominante da política soviética – embora Lenin o considerasse apto para um cargo de comando, ele ignorava a astúcia de Stalin, cujo talento quase inigualável para as alianças políticas lhe rendera tantos aliados quanto inimigos. Seu epíteto era "O Pai dos Povos".

ANTÓNIO SALAZAR ->PORTUGAL



Estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde, em 1917, iniciou a carreira de professor universitário. Em 1921 foi eleito deputado pelo Centro Católico. Depois de apenas um dia no Parlamento, renunciou ao mandato. Em conferências e na imprensa, advogou uma renovação de objetivos e de processos de governo. Após a revolução de 28 de maio de 1926, acabou por aceitar, em 1928, a pasta das Finanças, depois de os militares terem concordado com as suas condições de o ministro das Finanças ser o único a poder autorizar despesas. Em maio de 1928, publicou a reforma orçamental: o ano econômico de 1928-1929 registrou saldo positivo, o que veio a contribuir para seu prestígio junto à ditadura militar. Em apenas dois anos de administração, tornou-se o homem-chave do regime. Em 1932, chegou a presidente do Conselho, cargo em que se manteria até o derrame cerebral que encerrou sua atividade pública, em 1968. Em 1933, fez aprovar em plebiscito uma nova Constituição que consagrava o Estado autoritário e corporativo, com a recusa da luta de classes, do individualismo liberal, do socialismo e do parlamentarismo. Por outro lado, em relação ao império ultramarino, adotou o princípio da unidade territorial pluricontinental, que o levaria a recusar qualquer solução de tipo federativo ou de caráter evolutivo. Depois do surto de descolonização dos anos de 1960, quando deixou de contar com a solidariedade internacional, já em plena guerra, sustentou o princípio da inegociabilidade política com os movimentos de luta armada que se desenvolveram sobretudo em Angola, Moçambique e na Guiné. O declínio político de Salazar acelerou-se rapidamente a partir de 1961 e coincide com o alastramento da guerra, a drenagem dos fundos públicos para o esforço bélico (cerca de 45% do Orçamento Geral do Estado) e o surto de emigração, em direção, sobretudo, à França e à Alemanha, além de um crescimento capitalista de controle muito mais difícil. O essencial de seu pensamento está consagrado nos Discursos e Notas Políticas (1935-1967, em seis volumes), escritos num estilo de alto recorte literário, pausado e persuasivo.

FRANCISCO FRANCO ->ESPANHA



Conservador ferrenho, Francisco Franco não era nem um pouco simpático. Até seu aliado, o nazista Adolf Hitler, disse uma vez que um encontro com ele era mais desagradável do que ter quatro ou cinco dentes arrancados.

Oficial de infantaria, Franco se destacou em campanhas na África, onde se destacou pela frieza em combate. Em 1923, no Marrocos, com o posto de tenente-coronel, assumiu o comando da Legião. E, aos 34 anos, foi promovido a general de brigada. Entre 1928 e 1931, dirigiu a Academia Militar de Saragoça.

Com a criação da República Espanhola, em 1931, foi afastado de cargos de responsabilidade. Mas, em 1933, a eleição de um governo de direita o recolocou em altos cargos do exército. Foi o mentor da brutal repressão à Revolução das Astúrias (1934) com tropas da Legião e, no ano seguinte, foi nomeado chefe do Estado-Maior Central. Em 1936, o governo da Frente Popular o enviou para as Ilhas Canárias.

Nas eleições desse ano na Espanha, os partidos de esquerda que formavam a Frente Popular saíram vitoriosos. Opositores de direita, com articulação e liderança de Franco, executaram um golpe de Estado, com apoio de diversas regiões do país. A maioria das grandes cidades e regiões industriais, por sua vez, permaneceu fiel ao governo republicano de esquerda. Com o país dividido, iniciou-se a Guerra Civil Espanhola.

Os golpistas passaram a receber ajuda da Itália fascista e da Alemanha nazista que, assim, transformaram a Espanha num local de teste para seus novos armamentos. O início da participação nazista na Guerra Civil Espanhola ocorreu em Guernica, capital da província basca, uma pequena cidade considerada símbolo da liberdade desse povo.

Numa segunda-feira, 26 de abril de 1937, a cidade foi bombardeada pelos aviões alemães da Legião Condor, colocada à disposição das forças de Franco. O ataque nazista provocou a destruição total de Guernica.
Naquele mesmo mês, Franco uniu os partidos de direita e, em janeiro de 1938, se tornou chefe de Estado e do governo. O ditador eliminou toda a resistência militar a seu governo em 1939, porém, prosseguiu com a repressão, a tortura e os fuzilamentos.

O franquismo foi um sistema político repressivo e autoritário. Até livros foram queimados. Todos os partidos políticos e reuniões (de palestras a passeatas) eram proibidos. Franco manteve-se neutro na Segunda Guerra Mundial, embora próximo dos governos nazifascistas da Alemanha e da Itália.

Apesar de isolado pela vitória dos Aliados, consolidou seu poder no país. Devido à Guerra Fria, estabeleceu relações diplomáticas com os Estados Unidos e seu governo foi reconhecido pelas Nações Unidas em 1955. Em 1966, Franco criou a Lei Orgânica do Estado (Constituição), na qual previa a volta da Monarquia. O príncipe Juan Carlos subiu ao trono após a morte do ditador, em 1975, e a Espanha foi reconduzida à democracia.



ADOLFO HITLER ->ALEMANHA



Adolf Hilter, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.

Depois da desmobilizaçãodo exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).

Em Viena, ele havia assimilado as idéias anti-semitas (contra os judeus)que, insufladas por seus longos discursos contra o Acordo de Paz de Versalhes e o marxismo, encontraram terreno fértil em uma Alemanha humilhada pela derrota.

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o Mein Kampf (Minha Luta), um manisfesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.

O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.

Seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista de Adolf Hitler, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.



BENITO MUSSOLINI -> ITÁLIA



No exercício despótico do cargo de primeiro-ministro, Mussolini reunificou a Itália, implantou reformas sociais e restaurou à força a ordem perturbada por greves e distúrbios. Perdeu-se, no entanto, pela ambição de construir um império por meio da guerra de conquista. Benito Amilcare Andrea Mussolini nasceu em Dovia di Predappio, na província de Forli, em 29 de julho de 1883, filho de um ferreiro. Começou a trabalhar como professor, mas logo seu interesse se voltou para a revolução. Em 1902 mudou-se para a Suíça, numa tentativa de escapar do serviço militar, mas suas atividades esquerdistas acabaram por causar sua expulsão do país. De volta à Itália, esteve em Trento, então sob o domínio austríaco, onde foi novamente preso e expulso. Nessa época, suas leituras filosóficas, especialmente as de Nietzsche, haviam firmado sua crença na violência como elemento fundamental para a transformação da sociedade. Nomeado em 1910 secretário do Partido Socialista em Forli, começou a editar o jornal La Lotta di Classe. Depois de liderar um movimento operário contra a guerra turco-italiana, foi condenado a cinco meses de prisão. Seu prestígio aumentava e em 1911, Mussolini já era um dos principais dirigentes socialistas da Itália. No ano seguinte passou a editar o Avanti!, órgão oficial do Partido Socialista, cuja tiragem fez crescer muito. Em 1914, sustentou a neutralidade da Itália na primeira guerra mundial, de acordo com a linha do Partido Socialista. Aos poucos, porém, passou a defender a França e o Reino Unido e foi expulso do partido. Fundou então o jornal Il Popolo d'Itália, no qual continuou a defender a entrada da Itália na guerra, e organizou os Fasci d'Azione Rivoluzionaria (Grupos de Ação Revolucionária). Em abril de 1915 voltou a ser preso. Depois que a Itália declarou guerra à Áustria, Mussolini foi convocado. Ferido em 1917, voltou a editar seu jornal, cada vez mais violento no ataque aos socialistas. Em 1919 fundou os Fasci di Combattimento (Grupos de Combate), em Milão. O novo movimento, de ideologia socialista e nacionalista, pregava a abolição do Senado, a instalação de uma nova constituinte e o controle das fábricas por operários e técnicos. Em 1920, um movimento operário no norte da Itália foi inicialmente apoiado por Mussolini, que chegou a propor uma frente comum contra os patrões e os trabalhadores de extrema-esquerda. Rejeitada a proposta e contornada a situação pelo governo liberal, Mussolini capitalizou a seu favor o pânico da burguesia em relação ao comunismo, e o movimento recebeu vultosas contribuições pecuniárias. Surgiram as Squadre d'Azione, milícias anticomunistas, vistas com bons olhos tanto por liberais como por democrata-cristãos, esta na época a maior força política da Itália. Em 1921, Mussolini foi eleito para o Parlamento, e os Fasci di Combattimento passaram a chamar-se Partido Nacional Fascista. Depois de organizar em outubro de 1922 a marcha contra Roma, o Duce, como Mussolini era chamado, recebeu do rei Vítor Emanuel a incumbência de formar um novo governo, no qual predominavam, em princípio, liberais e democrata-cristãos. O Parlamento conferiu a Mussolini plenos poderes. Em 1923 foi criado o Grande Conselho Fascista e oficializadas as Squadre d'Azione, com o nome de Milizia Volontaria per la Sicurezza Nazionale. Em 1925 instaurou-se a ditadura fascista. Todas as formas de oposição foram suprimidas; os candidatos a postos eletivos passaram a ser indicados pelas associações fascistas; as corporações profissionais, diretamente controladas pelo governo, substituíram os sindicatos; os códigos judiciários foram revistos; e a polícia ganhou plenos poderes. Em política externa, as aspirações de Mussolini foram limitadas na prática pelo reduzido poderio militar da Itália. Em 1927, ele estabeleceu um protetorado sobre a Albânia; em 1935 invadiu a Etiópia; e em 1937 interveio na guerra civil espanhola. Durante a segunda guerra mundial, sua aliança com Hitler, decidida no auge das conquistas militares alemãs, permitiu-lhe incorporar territórios da Iugoslávia. Derrotado na Grécia em 1940 e na África em 1941, teve sua liderança repudiada pelo Grande Conselho Fascista em 1943. Destituído e preso, foi libertado pelos alemães e tentou manter-se no poder no norte da Itália, mas, já desmoralizado e isolado, foi preso por partigiani (guerrilheiros) italianos, ao tentar fugir para a Suíça. Julgado sumariamente, foi fuzilado com sua amante, Clara Petacci, em Dongo, Itália, em 28 de abril de 1945. Seus corpos foram pendurados de cabeça para baixo numa praça de Milão.