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segunda-feira, 21 de março de 2011

ESTALINE - U.R.S.S.


Revolucionário e estadista soviético. Nome adoptado por Iossif Vissarionovitch Djugatchvilli. De família proletária, frequenta o Seminário de Tifilis entre 1894 e 1899, do qual é expulso pela sua militância socialista. A partir de então dedica-se à propaganda revolucionária. Preso e deportado em várias ocasiões, em 1904 decide-se pelo bolchevismo. Em 1912, Lenine nomeia-o membro do Comité Central do Partido e primeiro director do Pravda. Durante a Revolução de Outubro desempenha um papel pouco destacado. Em 1922 é nomeado, com a oposição de Trotski, Secretário-Geral do partido. Nesse cargo pode controlar todo o aparelho de organização do partido após a morte de Lenine (Janeiro de 1924). Sem encontrar grandes dificuldades, torna-se o chefe do Estado soviético.

Apoiando-se, sucessivamente, em Zinoviev e Kamenev contra Trotski, e em Bujarin, Rikov e Tomski contra Trotski, Zinoviev e Kamenev, consegue expulsar Trotski da União Soviética, teórico da revolução permanente, e eliminar qualquer oposição no partido, quer da ala direita, quer da esquerda (1925-1929). A partir desse momento, a biografia de Estaline identifica-se com a história da União Soviética. Aplicando a doutrina do socialismo num só país, procura a industrialização rápida, a supressão dos kulaks ou camponeses proprietários e a colectivização forçada da agricultura e põe em marcha o primeiro plano quinquenal (1929), sufocando a resistência camponesa pela violência e pelo terror. A partir de 1934 começam a ser desencadeados os processos de Moscovo (1936-1939), que liquidam as chefias militares e a velha guarda bolchevique, transformando-se numa grande purga no interior do partido, que provoca pelo menos um milhão de execuções. É assim que se afirma a ditadura pessoal de Estaline sobre o partido e o povo.

Depois do Acordo de Munique, Estaline assina um pacto de não-agressão com a Alemanha nazi (1939). Graças a ele, a União Soviética obtém a conquista de grandes territórios, mas não consegue evitar o ataque de Hitler no Verão de 1941. Durante a II Guerra Mundial, Estaline concentra todos os poderes nas suas mãos e dirige pessoalmente o esforço de guerra soviético, fazendo-se nomear marechal e generalíssimo.

Na Conferência de Ialta consegue uma repartição vantajosa das zonas de influência, de modo que a partir de 1945 pode exportar a revolução socialista para os países do Leste da Europa. Durante os seus últimos anos trava a guerra fria. Enfrenta a dissidência de Tito na Jugoslávia e acelera o avanço económico e técnico soviético. Leva o culto da personalidade a um nível extremo e desencadeia, constantemente, novas purgas no mundo comunista. Três anos depois da sua morte, como é inevitável, os seus sucessores abrem um processo crítico e marcam o início da desestalinização.

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