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quarta-feira, 23 de março de 2011

Campos de Extremismo


Campo de extermínio (em língua alemã Vernichtungslager) era o termo aplicado a um grupo de campos construídos pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial com o objectivo expresso de matar os "inimigos" do regime nazista (judeus, ciganos de etnia roma, prisioneiros de guerra soviéticos, bem como polacos e outros). Tudo isto é parte do Holocausto e da chamada Solução final da questão judia, o plano para (nas palavras dos Nazi) limpar as terras alemãs do povo judeu. Estes campos são também conhecidos como os "campos da morte".

Diferença face aos campos de concentração

Existe uma sensível distinção entre campos de extermínio e campos de concentração, tais como os de Dachau e Belsen, cuja maior parte se situava na Alemanha. Os campos de concentração constituíam um sistema de encarceramento e aglomeração dos vários "inimigos do Estado" (tais como comunistas e homossexuais) e dispunham de bases de recursos de trabalho forçado para empresas alemãs. Muitas vezes, os judeus inicialmente detidos nestes campos de concentração eram posteriormente enviados para os campos de extermínio. Nos primeiros anos do regime Nazi (estabelecido em 1933) alguns judeus foram enviados para estes campos. Após 1942, no entanto, houve o início das deportações em massa para os campos de concentração, sendo que muitos destes enviados eram, ou imediatamente ou em seguida, enviados para os campos de extermínio.

segunda-feira, 21 de março de 2011

ESTALINE - U.R.S.S.


Revolucionário e estadista soviético. Nome adoptado por Iossif Vissarionovitch Djugatchvilli. De família proletária, frequenta o Seminário de Tifilis entre 1894 e 1899, do qual é expulso pela sua militância socialista. A partir de então dedica-se à propaganda revolucionária. Preso e deportado em várias ocasiões, em 1904 decide-se pelo bolchevismo. Em 1912, Lenine nomeia-o membro do Comité Central do Partido e primeiro director do Pravda. Durante a Revolução de Outubro desempenha um papel pouco destacado. Em 1922 é nomeado, com a oposição de Trotski, Secretário-Geral do partido. Nesse cargo pode controlar todo o aparelho de organização do partido após a morte de Lenine (Janeiro de 1924). Sem encontrar grandes dificuldades, torna-se o chefe do Estado soviético.

Apoiando-se, sucessivamente, em Zinoviev e Kamenev contra Trotski, e em Bujarin, Rikov e Tomski contra Trotski, Zinoviev e Kamenev, consegue expulsar Trotski da União Soviética, teórico da revolução permanente, e eliminar qualquer oposição no partido, quer da ala direita, quer da esquerda (1925-1929). A partir desse momento, a biografia de Estaline identifica-se com a história da União Soviética. Aplicando a doutrina do socialismo num só país, procura a industrialização rápida, a supressão dos kulaks ou camponeses proprietários e a colectivização forçada da agricultura e põe em marcha o primeiro plano quinquenal (1929), sufocando a resistência camponesa pela violência e pelo terror. A partir de 1934 começam a ser desencadeados os processos de Moscovo (1936-1939), que liquidam as chefias militares e a velha guarda bolchevique, transformando-se numa grande purga no interior do partido, que provoca pelo menos um milhão de execuções. É assim que se afirma a ditadura pessoal de Estaline sobre o partido e o povo.

Depois do Acordo de Munique, Estaline assina um pacto de não-agressão com a Alemanha nazi (1939). Graças a ele, a União Soviética obtém a conquista de grandes territórios, mas não consegue evitar o ataque de Hitler no Verão de 1941. Durante a II Guerra Mundial, Estaline concentra todos os poderes nas suas mãos e dirige pessoalmente o esforço de guerra soviético, fazendo-se nomear marechal e generalíssimo.

Na Conferência de Ialta consegue uma repartição vantajosa das zonas de influência, de modo que a partir de 1945 pode exportar a revolução socialista para os países do Leste da Europa. Durante os seus últimos anos trava a guerra fria. Enfrenta a dissidência de Tito na Jugoslávia e acelera o avanço económico e técnico soviético. Leva o culto da personalidade a um nível extremo e desencadeia, constantemente, novas purgas no mundo comunista. Três anos depois da sua morte, como é inevitável, os seus sucessores abrem um processo crítico e marcam o início da desestalinização.

HIROHITO - JAPÃO


Hirohito (裕仁), também conhecido como Imperador Showa ou O Imperador Shōwa (昭和天皇, Shōwa tennō), (29 de abril de 1901 - 7 de janeiro de 1989) foi o 124º imperador do Japão, de acordo com a ordem tradicional de sucessão, reinando de 25 de dezembro de 1926 até sua morte, em 1989. Ele foi muito conhecido fora do Japão por seu nome pessoal, Hirohito, no Japão ele é atualmente referido pelo seu nome póstumo, Imperador Shōwa.
No seu reinando, o Japão era uma das maiores potências - a nona maior economia do mundo, atrás da Itália, o terceiro maior país naval e um dos cinco países permanentes do conselho da Liga das Nações. Ele foi o chefe de Estado sob a limitação da Constituição do Império do Japão, durante a militarização japonesa e envolvimento na Segunda Guerra Mundial. Ele foi o símbolo do novo estado.
Seu reinado foi o mais longo de todos os imperadores japoneses, e coincidiu com um período em que ocorreram grandes mudanças na sociedade japonesa. Foi sucedido por seu filho, o imperador Akihito.

FRANKLIN ROOSEVELT - U.S.A.


Estadista norte-americano (30/1/1882-12/4/1945). Nasce em Hyde Park, no estado de Nova York. Filho de Joseph Roosevelt e de sua segunda mulher, Sara Delano, ambos de famílias aristocráticas e abastadas, costumava passar as férias de verão com os pais na Europa.
Estuda direito na universidade de Harvard, época em que conhece Anna Eleonor Roosevelt, com quem se casa em 1905 e tem seis filhos. Começa a carreira política em 1910, como senador do Partido Democrata - com dinheiro de sobra para financiar a campanha, chega a comprar um automóvel para cruzar o país em busca de apoio.

Projeta-se rapidamente e é nomeado secretário adjunto da Marinha no governo do presidente Woodrow Wilson. Em 1921 tem poliomielite e perde o movimento de uma perna. Eleito governador de Nova York, cumpre dois mandatos. Assume a Presidência dos Estados Unidos (EUA) em 1933, quando o país enfrenta a maior crise econômica de sua história, em conseqüência da quebra da Bolsa de Nova York.

Promove a recuperação com uma série de medidas administrativas e econômicas, conhecidas como New Deal, baseadas no combate ao desemprego e no aumento da produção industrial. É reeleito em 1936 e em 1940.

Durante a II Guerra Mundial, torna-se o principal articulador da aliança dos EUA com o Reino Unido e a União Soviética contra o Eixo. Reeleito em 1944, morre no ano seguinte em Warm Springs, de derrame cerebro.

CHARLES DE GAULLE - FRANÇA


Oficial desde o início da Primeira Guerra Mundial, De Gaulle notabilizou-se como militar. Em 1940, foi nomeado general brigadeiro e posteriormente subsecretário de Estado no Ministério da Guerra. Depois da invasão da França pela Alemanha, apelou de Londres à resistência (1940), fundou o Comitê França Livre e como líder do movimento de Resistência, no ano de 1943, foi eleito presidente do Comitê Francês de Libertação Nacional em Argel. Depois da libertação de Paris em 1944, retornou como chefe do Governo provisório. De Gaulle enfrentou os partidos novamente constituídos defendendo a supremacia do cargo de presidente. Em 1946, demitiu-se do cargo de primeiro-ministro da IV República e em 1947 fundou o movimento de unidade RPF (Rassemblement du Peuple Français). Após uma tentativa de golpe militar na Argélia, o então presidente da República René Coty (1953-1959) pediu-lhe a formação de um novo governo. A Assembléia Nacional confirmou e, alterando a Constituição, lhe concedeu amplos poderes. Em 21 de dezembro de 1958, foi eleito primeiro presidente da V República assumindo o cargo em 8 de janeiro de 1959. Como presidente, De Gaulle estabeleceu pela primeira vez negociações oficiais com a Frente de Libertação da Argélia (FNL), apesar da oposição da direita, cuja rebelião mandou sufocar (1961). Em 1962, assinou o Tratado de Évian que estipulava a paz e a independência da Argélia. De Gaulle não aspirava a uma integração européia, seu objetivo era uma "Europa das pátrias", isto é, uma confederação de Estados que não renunciavam aos seus direitos de soberania nacional. Estimulou o desenvolvimento do potencial atômico francês ("Force de frappe"). O tratado sobre colaboração franco-germânica, que assinou em 1963 com Konrad Adenauer, propunha um primeiro passo para a reconciliação entre os dois povos. No ano de 1963, vetou a entrada da Inglaterra na Comunidade Econômica Européia (CEE), atitude que, associada ao estabelecimento de relações diplomáticas com a República Popular da China (1964), à retirada da França da estrutura militar da OTAN (1967) e ao plano de neutralização do Sudeste Asiático, o colocou numa posição de evidente antagonismo perante seus aliados ocidentais e, particularmente, os EUA. Foi reeleito em 1965 e a partir de 1967 teve de enfrentar os conflitos internos cada vez mais graves que conduziram à rebelião de maio de 1968. Em 1969, demitiu-se, depois de derrotado num plebiscito sobre a reforma administrativa da França, sendo substituído por Georges Pompidou.

WINSTON CHURCHILL - REINO UNIDO


Churchill, a personalidade mais destacada da história britânica no século 20, procedia da família dos duques de Marlborough. Filho do líder do Partido Conservador Randolph Churchill, foi educado em Harrow e na Academia Militar de Sandhurst; em 1897-1898, serviu na Índia e no Sudão como oficial e correspondente de guerra e, entre 1899 e 1901, participou na Guerra dos Bôeres. Churchill iniciou sua carreira política em 1900 como deputado do Partido Conservador, mas em 1904 passou para o Partido Liberal. Aos 31 anos, foi nomeado subsecretário, aos 33, ministro do Comércio no gabinete de Herbert Asquith (1908-1916), e, pouco depois, em 1910, ministro do Interior, cargo a partir do qual apoiou a política social de David Lloyd George. Primeiro-lorde do almirantado (equivalente a ministro da Marinha), em 1911 começou a preparar a frota britânica para um futuro confronto com a Alemanha, mas em 1915 teve que se demitir, devido a pressões por parte dos conservadores no novo gabinete de coligação, que o consideravam responsável pelo fracasso da ocupação de Constantinopla e do estreito dos Dardanelos (expedição Callípoli). Em 1917, voltou ao governo com Lloyd George como primeiro-ministro. Como ministro da Guerra (1919-1921), e apesar da forte oposição de uma Inglaterra cansada de tantos conflitos bélicos, mandou tropas britânicas para lutar ao lado dos "brancos" na guerra civil russa contra a revolução bolchevique, que Churchill considerava uma ameaça para toda a Europa. Nas eleições de 1922, perdeu sua posição na Câmara dos Comuns, embora a tenha recuperado dois anos mais tarde, em 1924, desta vez como deputado do Partido Conservador. Sendo chanceler do Tesouro no gabinete de Stanley Baldwin (1924-1929), finalizou uma austera política de mercado e combateu o movimento sindical. Logo após a vitória do Partido Trabalhista em 1929, Churchill foi membro da Câmara Baixa durante dez anos sem cargo governamental. Contudo, a partir de 1932, chamou a atenção para o perigo da Alemanha nazista e combateu a política de "appeasement" de Neville Chamberlain em face das ânsias expansionistas alemãs. Quando eclodiu a guerra, foi nomeado novamente lorde do almirantado (1939), tendo-se mostrado contrário a fazer qualquer tipo de concessão à Alemanha. Após a demissão de Chamberlain, foi designado primeiro-ministro, de 1940 a 1945, e ministro da Defesa. Como motor da aliança contra o Reich alemão, após a assinatura da Carta do Atlântico (1941) com Franklin D. Roosevelt, coordenou as ações militares de britânicos e norte-americanos e, em 1941, chamou também a União Soviética à coligação contra Hitler. Nas conferências de Casablanca e Teerã (1943), Ialta e Potsdam (1945), Churchill negociou com Josef V. Stalin e Roosevelt os objetivos da guerra, embora tivesse de aceitar tanto a crescente supremacia norte-americana como – apesar do seu anticomunismo exacerbado – a expansão soviética na Europa. Apesar de Churchill gozar de grande prestígio em nível internacional, devido à grave crise econômica e à problemática social no interior do país seu partido perdeu as eleições legislativas de 1945, de modo que se viu obrigado a demitir-se enquanto se celebrava a Conferência de Postdam. Como líder da oposição, advertiu para o perigo da expansão soviética e, em 1946, inventou a expressão "cortina de ferro" como metáfora da Guerra Fria que então começava, ao mesmo tempo que defendia a união da Europa Ocidental em aliança com os EUA e inspirava a fundação da OTAN. Como primeiro-ministro conservador de 1951 a 1955, invalidou uma parte muito importante das nacionalizações feitas pelo anterior governo trabalhista e teve de aceitar a perda gradual das colônias britânicas, depois de concedida, em 1947, a independência à Índia, contra sua opinião. Quando morreu Stalin (1953), organizou uma conferência no mais alto nível para pôr fim à Guerra Fria. Em 1953, Winston Churchill recebeu o Prêmio Nobel da Literatura por sua extensa obra histórico-literária; no mesmo ano foi nomeado "Sir".